quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Enfim, parece que chegamos a virose bacteriana


Enfim, parece que chegamos a virose bacteriana

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Já faz um bom tempo que pacientes, dirigindo-se a uma consulta médica, chegavam em postos de atendimento, e aguardavam uma chamada mediante um critério de espera. Entravam para serem atendidos, e relatavam seus sintomas em um consultório, e os médicos baseados em sinais investigados por uma breve anamnese, fazem o diagnóstico de virose. Em outros tempos sem grandes oportunidades de encontrar disponibilidades maiores de médicos, era um consenso popular dos constantes casos de doenças, com características similares, serem identificados pelo povo como um andaço. E a virose foi ocupando o novo espaço, do novo vocabulário do povo. Esqueceu-se o andaço, com algumas diarreias e indisposições. Estabeleceu-se a virose.

Por inúmeras vezes a demora dos resultados dos exames para identificar a citada virose, demorava um tanto de tempo, que ao chegar o resultado, o paciente já estava curado. E o termo virose foi ganhando popularidade e uma generalidade para casos não identificados. Sendo então indicado o repouso, o aumento do consumo de água, e um comprimido de efeito generalizado, sem muitos ou nenhum efeito colateral. Entrou no conceito, no vocabulário e no receituário, o diagnóstico viral. Até o dia que um médico diagnosticou uma virose bacteriana, e o tema circulou em vários sítios da internet. E o fato ficou entre a verdade e o boato, e talvez com um médico cubano. O fato aconteceu durante um grande afluxo de médicos cubanos, como estratégia de solução para o sistema nacional de saúde. Estratégias de políticas de saúde e política governamental, em convencimento e atendimento das necessidades do povo. Verdades ou boatos, viróticos ou bacterianos, parece que agora chegamos realmente no ponto da virose bacteriana, um diagnóstico da sociedade com um amplo espectro de política, economia, esporte e saúde. Com ramificações químicas e biológicas internacionais, uma bio-politica internacional, uma ação de segregação.

As doenças sociais, foram tornando-se epidêmicas. Primeiro foi um dia anual, o dia D de combate à dengue. Agora a sociedade junto com as Forças Armadas, estão no combate ao mosquito. E novas ideias e novas estratégias podem ser detectadas, com uma contaminação de ações e ideias. Há alguns pontos de vistas misturados, tal como os diagnósticos dos médicos. Na dúvida de um diagnóstico, misturam-se todos; o Povo, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.  Mosquitos de altas patentes, colocaram os oficiais superiores nas ruas, distribuindo informações e folhetos. De capitão de mar e guerra a capitão de mar e terra. Por pouco ainda não vimos, brigadeiros trajando um 5º A, munidos de brevê e espadim.

Na era da informação, os excessos de informação, com inúmeros pontos de vistas, podem criar mais dúvidas do que certezas. Mas há os que controlam. Quem enxerga longe, pode enxergar uma estratégia. Talvez ideias tiradas de Sun Tzu e Maquiavel, e até de um breve manual de guerrilha urbana. Criando um inimigo minúsculo, quase invisível, para ocupar tropas e soldados das mais altas patentes e especialidades. E a outra estratégia, é colocar a culpa no povo. Um povo sem informação, sem conhecimento e sem cultura. Com as tropas nas ruas, passaram a população em revista. Mostrou-se a quem servem as FFAA, imagens transmitidas por via satélite para outros países.

Na época do descobrimento, o grande desafio para os exploradores eram as matas e as florestas, com um mosquito tentando impedir os movimentos exploratórios de Entradas e Bandeiras, e outros excursionistas de outros países com exploradores piratas e corsários.

Estratégias contra o mosquito e contra a febre amarela, permitiram a exploração de pedras preciosas e ouro, derrubaram matas, reviraram o solo, mas não exterminaram os mosquitos. Depois de explorados os minerais, abriram caminhos para agricultura e pecuária. E formou-se um celeiro para o mundo, lembrando a Carta de Caminha. Com novos vírus ainda não estudados, a porteira aberta para indústrias químicas e farmacêuticas. A possibilidade de testar novos produtos, químicos, biológicos ou alterados. Vender remédios e receitas.

E a infecção da floresta chegou nas cidades; ou as cidades chegaram nas florestas. Chegou causando dores de cabeças e uma moleza no corpo, com ares de dengo, e a doença foi denominada como dengue, na contaminação urbana. E tal como resfriado que aos poucos se renova e se altera, chegando sempre uma nova safra de vírus modificados ou atualizados, a Dengue obteve novas faces, classificadas por tipos I, II, II e IV. Chegou-se a temerosa dengue hemorrágica.

E agora o mesmo mosquito traz uma nova carga genética ofertando novos vírus, para novas doenças. Onde foram atribuídos novos nomes. Por um lado, diminuiu-se as estatísticas de Dengue, já que novas patologias similares dividiram o pódio virótico. Extinguida uma patologia, surgem outras com o mesmo mosquito, prometendo maiores danos no futuro, contaminando gravidas e bebes prematuros. Começando uma discriminação por turistas gravidas.

A saúde sempre está em primeiro lugar. Mas, doenças com espaços geográficos determinados, por mapas de epidemia, geram uma discriminação entre os povos. A África sempre explorada, já foi acusada de AIDS e Ebola. O Brasil com suas matas, tem o infalível e indestrutível mosquito. Um mosquito que o homem atual não viu em outros tempos, mas afirmam ser ele, em artigos científicos, um estilo literário, com uma linguagem e uma literatura inacessível aos comuns. Dados epidemiológicos e históricos estão guardados em arquivos e gavetas.

Hoje já é possível encontrar aplicativos, para serem instalados em telefones celulares, com informes sobre algumas doenças transmitidas pelo mosquito egípcio. E com este aplicativo seus criadores e gestores podem mapear as incidências, gerando epidemias. O aplicativo permite a auto avaliação e uma auto declaração, em escolher a doença, baseados em sintomas percebidos. Então temos um sistema democrático na palma da mão, com a opção de o gerador das informações ser excluído ou discriminado. Com as informações obtidas, regiões geográficas poderão ser excluídas, não evidenciadas, e até colocadas em quarentena. O povo com celular na mão, identifica a sua patologia e a sua geografia, por tecnologia e GPS.

A mobilização das FFAA contra um mosquito, cria uma meta e uma missão, para defesa de seu povo, em todo território nacional. E como a visão militar entende como missão dada, é missão a ser cumprida, não há mais argumentos para pensar em outras missões, como a de reestabelecer a tão esperada democracia, exterminando corruptos e a corrupção. A presidenta é uma guerrilheira, com currículo ilibado, com pós-doc em Cuba, sabe fazer manobras, manipular as massas. E seu antecessor, no mesmo partido, um sindicalista que faz coleção de doutorados.

Em um dia distante, bem antes da criação da ciência, entendia-se que as doenças vinham dos pântanos... de lá eram emitidos os miasmas que contaminavam a população. Tornou-se necessario implantar o saneamento, afastando a população dos pantanos. Assim já pensavam os antigos romanos. E agora resgatam a ideia atribuindo inúmeras doenças a um único mosquito, quem sabe vindo de micro-pantanos existentes nas cidades.



Enfim, parece que chegamos a virose bacteriana

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Em 17/02/16

Roberto Cardoso “Maracajá”

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