Um
grupo com olhares críticos e construtivos
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Em um espaço cheio de livros,
no mesmo local já citado anteriormente em outros textos, em um mesmo dia da
semana (quinta-feira). E já vemos aqui o início de uma repetição de fatos e
locais, e até de algumas pessoas presentes naqueles momentos. Pessoas se
reuniram para fazer um olhar crítico, com objetivos construtivos. Aluísio
Azevedo, o livreiro que faz parte de algumas academias as margens do rio
Potengi, cedeu a palavra para dois personagens editoriais e literários, com
pautas anteriores em jornais e revistas (José Correia e Tácito Costa). Mas
desta vez o grupo reunido mostrou-se restrito, nem chegou a uma dezena, mas
passou de meia dúzia. Os acadêmicos gostam de números para fazerem suas estatísticas,
e chegarem a conclusões sobre um gráfico. O princípio do pensamento cartesiano.
Dizem que as repetições indicam as futuras repetições dos fatos, tudo provado
cientificamente e estatisticamente. Tal como a cartomante que interpreta as
linhas, por repetições não anotadas através de estatísticas, mas usam a
oralidade, uma outra forma de transmitir conhecimentos.
Na plateia um grupo restrito,
uma dupla representando o seguimento feminino, e um quarteto representando o
seguimento masculino. Mais os principais que foram já citados. De modo simples
havia uma paridade, uma representatividade entre alguns seguimentos. Entre
escritores e leitores; editores e livreiros; entre uns e outros. E outros
seguimentos não pesquisados a que pertencem os que estavam ali presentes. De
uma apresentação citada na agenda, transcorreu o evento como uma mesa redonda,
sem coordenador ou mediador. O princípio do respeito da ordem e da fala. E com
um grupo pequeno, em uma mesa redonda, usemos o baralho apontando uma dupla e
uma quadra. Um par de damas e um four de valetes. Mais a trinca de Ás, que
deram início ao jogo.
Uma dupla feminina, as damas.
Uma escritora professora, apresentadora mediadora, com cadeira na União
Brasileira de Escritores (Jania Souza). E uma advogada, que no nome traz a
verdade, com atividades culturais e literárias junto a população carcerária
(Guiomar Veras). Escritoras e leitoras, de bulas, receitas e livros. Mães e
filhas.
A quadra masculina, os valetes.
Um escritor farmacêutico (Damião Gomes), do antigo grupo dos hospitaleiros, quando
se originou os atuais hospitais, onde faz o seu trabalho. Um escritor bancário
(Marcos Campos) e um escritor de livros infantis (Sebastião Bortoni), dando
vida aos personagens de Monteiro Lobato. Um tal de Maracajá (Roberto Cardoso),
que dizem ser um cronista, que agora aqui vem traçando essas linhas. E sobre
uma mesa de feltro verde, podemos apresentar outros jogos. Algumas cartas já estão
no lixo sobre a mesa, enquanto outras ainda podem ser compradas no baralho, com
novas rodadas todas elas voltam para o jogo. Basta juntar e embaralha-las, distribui-las,
e construir novos jogos.
Sob um olhar crítico
percebe-se que no RN, vem formando e formatando diversos festivais. Um festival
de festivais em torno da leitura e do livro. Lembrando um festival de bichos,
onde já apontamos um Galo, um Preá e um Maracajá. Poderíamos até apontar uma Caravela,
que pode ser, um ser vivo no mar ou uma embarcação. Substantivos singulares e
plurais.
O festival dos festivais. Festival
bibliotecário e festival gráfico, festival editorial e literário, do estado do RN.
E o festival do perdido leitor, tal como uma caravela ao sabor do vento. Mas
uma caravela controlada pode trazer e levar conhecimentos. Foi assim que os ingleses
conquistaram os mares e o conhecimento.
Por falta de capa dura e de orelha
na capa, diversas ações em torno do livro vão acontecendo, no RN. E por falta
de índice e introdução; apresentação e glossário. Leitores e escritores vão
ficando perdidos com as folhas ao vento. Fato muito comum na Era da informação.
É preciso encadernar ideias e páginas, para formar um conhecimento.
Tem festival na capital do
litoral, e na capital do interior. Tem festival nas praias do Sul e nas praias
do Norte. Festival com feira internacional e feira artesanal, feiras em terras
de cangaceiros e terras de pipas. Feiras na tromba e no rabo do elefante, nas
costas e nas pernas, na barriga do paquiderme norte-rio-grandense. Do cordel ao
livro eletrônico; do artesanal ao PDF.
Mas, para entendermos a
situação do RN, usemos a história. O RN na esquina do continente recebe em sua
história diversos povos, de outros continentes, que chegaram com os ventos. Os
que não tinham registros na história contadas em livros, já estavam em terra
firme: potiguares e caicós, janduis e jucurutus, e outros povos indígenas. Muitos
deixaram registros em pedras e rochas, já promovendo seus festivais literários.
Os que chegaram escrevendo,
fazendo registros com tinta e papel foram os portugueses e holandeses. Com
arquitetura e engenharia deixaram construções além dos livros e documentos
escritos. Inscreveram sua história com o uso das pedras e cimento, criando
estruturas fortificadas. Se os povos que chegaram, não foram até as rochas do
interior, as rochas em forma de pedras chegaram até eles. Não escreveram em
rochas mas usaram as pedras para construir uma linguagem. Usaram a arquitetura,
uma antiga forma de literatura.
As primeiras embarcações podem
ter chegado ali perdidas, em Natal/RN. E com o uso da escrita, podem ter
alterado a história dizendo serem seus objetivos, calculados por estrelas e
astrolábios. Depois das naus e caravelas, vieram os vapores, movidos por
caldeiras. E depois chegaram os navios, movidos por óleo diesel. Os primeiros
aviões vieram nos rastros deixados por embarcações. E chegou Saint Exupéry,
aviador e escritor, com os primeiros voos franceses que deram origem a Air
France. Natal foi ponto de apoio de voos entre Europa e EUA. Foi porto e
aeroporto para povos navegantes. E depois dos aviões postais e comerciais, os
aviões militares pousaram em Parnamirim Feeld. Natal vem ao longo de sua
história sendo um porto e um aeroporto, recebendo outros povos que navegam
pelas correntes de ventos. Hoje fala-se em ter um HUB, para receber os enormes
aviões, em outro capítulo na história da navegação (aérea ou marítima). Ainda
que diferente, a história se repete, questões de pontos de vistas.
Antes do homem conhecer e
estudar, usar os ventos, as aves de já conheciam e usavam nas épocas de
migração. Aves podem voar usando sensores magnéticos e correntes de ventos. As
naus e caravelas observavam as aves e a bussola, as nuvens e os ventos. E diz a
geologia que um dia os continentes eram mais próximos, dando oportunidades a
homens e animais de atravessar as faixas de água, que hoje são salgadas.
Natal é uma cidade
influenciada pelos ventos. Ventos que aportam outros povos, e pensamentos. E
daí tantas ideias ao mesmo tempo, provocando regiões de altas ou baixas
pressões, dependendo da temperatura. E tal como o tempo é incerto, ora chuva e
ora sol, seguem as ideias e pensamentos com tempestades de ideias (braimstorming).
Texto
para: Substantivo Plural
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